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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Proteína em excesso prejudica os rins e o fígado?

Alvo de discussão entre profissionais da área de saúde, o consumo de proteínas ainda é um ponto de discórdia entre os nutricionistas. Essas divergências são em relação à quantidade de proteína presente nas dietas e seus potenciais deletérios ao fígado e aos rins.

Entenda o motivo dessa discussão: o excesso de proteína será oxidado (quebrado para formação de energia) ou transformado em gordura pelo fígado. Nesse processo, há a formação de amônia no sangue, um composto tóxico que precisa ser excretado do organismo. 
A amônia é transformada em ureia (principalmente no fígado e em menor percentual nos rins) para ser, posteriormente, eliminada na urina. Logo, o fígado passa a trabalhar mais para suprir essa necessidade, assim como os rins, que filtram o sangue para eliminar a ureia.

Em pessoas com problemas hepáticos e/ou renais pré-existentes, ou seja, o consumo excessivo de proteína por essas pessoas agrava o quadro de lesão do fígado e dos rins. Por causa desse processo, por inferência, historicamente é citado nos livros que o excesso de proteínas na dieta, por causa da maior formação de amônia, causa problemas hepáticos e renais em indivíduos saudáveis.

Inúmeros estudiosos realizaram procedimentos científicos para verificar se tal condição é verdadeira, mas falharam nesse objetivo. Não é cientificamente provado que o excesso de proteínas na dieta de uma pessoa saudável constitui risco para lesão hepática ou renal. A teoria de quem defende esta tese é de que o fígado/rim saudável passa a trabalhar mais devido à maior formação de amônia, mas consegue “dar conta do recado”.

Portanto, parece que o consumo aumentado de proteínas não oferece risco de saúde para pessoas previamente saudáveis, porém não é verificado nenhum benefício adicional também.

A quantidade ideal de proteínas na dieta é determinada por um nutricionista, que irá prescrever a quantidade correta para os objetivos e necessidades do paciente, fornecendo também uma proporção adequada entre os macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) e micronutrientes (vitaminas e minerais) para promoção e manutenção da saúde.